top of page
Buscar

FLUP ABRE EXPOSIÇÃO SOBRE OS 15 ANOS DO SLAM NO TOMIE OHTAKE EM SP




Estreia dia 18 de julho, no Instituto Tomie Ohtake, a "Gira de Poesia: 15 anos de Slam no Brasil", criada pela Festa Literária das Periferias no contexto das celebrações dos 15 anos da chegada do poetry slam no Brasil, dez deles nos palcos do festival carioca. A exposição remonta o percurso deste movimento que se espalhou pelo país e hoje é berço de uma nova geração de poetas vindos das periferias. 


"Gira de poesia: 15 anos de Slam no Brasil" foi inaugurada no Museu de Arte do Rio - MAR, em outubro de 2023, no contexto da Flup que sediou pela primeira vez uma competição mundial de Slam, o II World Poetry Slam Championship (WPSC) e realizou mais seis slams: o TransSlam Internacional, o II Slam Coalkan (slam indígena), o I Slam das Minas BR, o Slam de Cria, a final do Slam RJ e IV Batalha de Rima BR. E para fechar a agenda anual de celebrações, foi até Itabira-MG, berço de Carlos Drummond de Andrade, para o SLAM BR.


Agora, a Flup leva esta Gira de Poesia para São Paulo, primeiro chão do poetry slam no Brasil, onde fica 3 meses em cartaz. O Slam chegou no Brasil em 2008 pelas mãos da poeta e multiartista Roberta Estrela D’Alva e pelo coletivo artístico Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, que seis anos depois o levou para a Flup, de onde ele nunca mais saiu.


ENTRANDO NA GIRA DE POESIA 


A exposição apresenta ao público olhares sobre a trajetória do poetry slam desde sua chegada em 2008 até os dias atuais, destacando a produção, a circulação e a recepção do slam no país. A curadoria é de Julio Ludemir, diretor-fundador da Flup e das poetas e slammasters Roberta Estrela D'Alva e Luiza Romão, prêmio Jabuti de melhor livro em 2022.  


Não se trata apenas de uma retrospectiva cronológica. A mostra destaca as relações das comunidades de slam e seus agentes, considerando os aspectos estéticos, políticos, sociais e culturais em meio a rapidez com que esse movimento se alastrou por todo o país com enorme impacto principalmente no público jovem e periférico. Este é o público da exposição e também corpo constitutivo dos contornos desta gira de poesia. 


Foram mobilizados acervos do Núcleo Bartolomeu e da Flup, respectivamente organizadores do maior campeonato do gênero do Brasil e da América Latina, além dos acervos das comunidades de slam e slammers brasileiros e internacionais. A exposição é composta por fotos, vídeos, folhetos, folders, flyers, peças de vestuários, troféus e medalhas de campeonatos, livros, zines, cadernos, discos, recortes de jornal. 


Uma linha do tempo mostra os principais fatos que marcaram a história do poetry slam nesses 15 anos de existência. Dividida em eixos temáticos narrativos, é possível conhecer  as diversas facetas do movimento no Brasil. 


A Flup 24 é apresentada pelo Ministério da Cultura e Shell. Tem patrocínio master da Shell, patrocínio do Instituto Cultural Vale e Globo por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio é da Fundação Ford. O transporte oficial do evento é oferecido pelo Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, nas áreas de atuação do VLT Carioca e da CCR Barcas. A Fundação Roberto Marinho e o Canal Futura são parceiros. Realização: Suave, Associação Na Nave, Ministério da Cultura, Governo Federal.



Mais informações: 


Curadores:

Julio Ludemir

Roberta Estrela D'alva 

Luiza Romão 


Julio Ludemir, jornalista, escritor, diretor-fundador da Flup. 


Roberta Estrela D'Alva é atriz-MC, diretora, pesquisadora e slammer. Membro fundadora do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos e do coletivo transdisciplinar Frente 3 de Fevereiro. É idealizadora e slammaster do ZAP! Zona autônoma da Palavra, primeiro "poetry slam" brasileiro e curadora do Rio Poetry Slam-Flup, primeiro poetry slam internacional da América Latina. Juntamente com Tatiana Lohmman dirigiu o documentário "SLAM – Voz de Levante" (2018).


Luíza Romão, poeta, atriz, slammers. Um dos maiores nomes do slam nacional, ganhou o principal prêmio literário do país em 2022, o Prêmio Jabuti de Livro do Ano com "Também guardamos pedras aqui" (Editora Nós). É também autora dos livros Sangria (selo doburro), e Nadine (Editora Quelônio). Bacharela em Artes Cênicas e Mestra em Teoria Literária e Literatura Comparada (USP). Pesquisa poesia em performance.


Sobre o Slam: 


Os slams são batalhas de poesia falada que surgiram na década de 1980, em Chicago, nos Estados Unidos, e hoje se estabelecem como uma das mais democráticas formas de poesia performática em todo o mundo. 


O que era pra ser uma roda de leitura de poemas se tornou uma competição que conquistou o público. Um movimento com campeonatos nacionais e internacionais que desbanca a ideia elitista de que a poesia seria um gênero restrito a círculos acadêmicos. 

Com o slam a poesia ganha outras feições. 


Assim como nos saraus de poesia que se espalharam pelas periferias do Brasil no começo dos anos 2000, ressignificando o termo “poesia marginal”, o poetry slam democratiza os acessos à literatura e, mais especificamente, à poesia. Do hip hop, o slam herdou o foco na performance, o uso do ritmo, o jogo de palavras, a vocação para a crítica social e o apelo jovem que trás até hoje, em todo mundo.


Formato 


Um jogo cênico em que torcida, emoção e senso de participação se encontram. 

As regras básicas que formatam os slams são: poemas próprios de no máximo três minutos, apresentados sem acompanhamento musical, adereços ou figurinos. Um corpo de cinco jurados é escolhido em meio ao público para atribuírem notas de 0.0 a 10.0 a poetas que performam diante de uma plateia que participa do jogo.


10 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page