Trajetória de 100 mulheres negras é narrada por diferentes vozes em livro a ser lançado na FLUP 2024 com a presença das autoras
Rio de Janeiro, setembro de 2024 - Mulheres negras que, ao longo de séculos, contribuíram para a construção do Brasil nos mais diversos ofícios e posições - como cientistas, políticas, escritoras, militantes e Mães de Santo - essas são as protagonistas do Dicionário Biográfico: Histórias Entrelaçadas de Mulheres Afrodiaspóricas, livro que será lançado pela FLUP em novembro com a editora Malê.
A Flup 24 é apresentada pelo Ministério da Cultura e Shell. Tem patrocínio master da Shell, patrocínio do Instituto Cultural Vale e Globo por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio é da Fundação Ford. O transporte oficial do evento é oferecido pelo Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, nas áreas de atuação do VLT Carioca e da CCR Barcas. Realização: Suave, Associação Na Nave, Ministério da Cultura, Governo Federal.
Idealizadoras e organizadoras da publicação, as professoras e pesquisadoras Thaís Alves Marinho e Rosinalda Corrêa da Silva Simoni fazem parte de uma rede de mais de 100 acadêmicas da América Latina, em sua maioria mulheres negras, essencial para a produção da biografia das 100 mulheres, como Carolina Maria de Jesus, Maria Firmina, Daiane dos Santos, Leci Brandão, Luiza Mahin, Marielle Franco e muitas outras.
Há também verbetes sobre personagens como Maria Corrêa da Silva, Marina Preta Courá, Aldyr Fernandes Faustino dos Santos, entre outros exemplos, que não são respondidos prontamente por buscas na Internet, e só podem ser conhecidas neste dicionário. O conjunto de nomes contextualiza e ressignifica trajetórias muitas vezes invisibilizadas ou pouco reconhecidas. De todo o grupo, pelo menos 60 mulheres do dicionário já têm presença confirmada na FLUP.
Para o diretor-fundador da FLUP, Julio Ludemir, "os 100 verbbetes deste dicionário se propõem a contar a história do Brasil com o protagonismo que sempre foi negado a essas personagens históricas. O Dicionário Biográfico traduz a máxima de Angela Davis de que toda a sociedade se move quando uma mulher negra se move. Este livro é mais uma demonstração da mais importante revolução política, cultural e intelectual em curso no Brasil, a do feminismo negro".
Nesta 14a edição, a Festa Literária das Periferias, declarada patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro, celebra a historiadora, poeta, cineasta e intelectual Beatriz Nascimento, cuja vida e obra despertaram um outro imaginário brasileiro e se desdobraram numa nova geração de intelectuais e escritoras que transformam o cenário cultural hoje. “É preciso falar de nós mesmos”, um dos ensinamentos da autora de “Uma história feita por mãos negras”, que inspira a produção do Dicionário e toda a programação da FLUP 24. O festival será realizado de 11 a 17 de novembro no Circo Voador, no bairro da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro.
Pelo terceiro ano consecutivo, o projeto conta com a Shell como sua patrocinadora master. “Um dos critérios para escolha de nossos patrocínios culturais é que os projetos englobem ações de diversidade, equidade e inclusão. E essa é a essência da FLUP, que proporciona um futuro melhor por meio da arte, acreditando, assim como a Shell, na força da cultura como vetor transformador de realidades. É com orgulho que seguimos por mais um ano com essa parceria” – comenta Alexandra Siqueira, gerente de Comunicação Externa da Shell Brasil.
QUILOMBO ACADÊMICO
Entre os dias 11 e 14 de novembro, autoras do Dicionário Biográfico: Histórias Entrelaçadas de Mulheres Afrodiaspóricas se revezam para apresentar as biografias elaboradas para a publicação.
As mesas contarão com a mediação de Thaís Alves Marinho e Rosinalda Corrêa da Silva Simoni, bem como de outras integrantes da RELFET - Rede Latino-Americana e Caribenha sobre Feminismos de Terreiros, e serão divididas por categorias, a partir das trajetórias das biografadas:
Mesa 1 (11/11): Atletas, Atrizes e Cantoras
Mesa 2 (11/11): Mães de Santo
Mesa 3 (12/11): Escritoras e escrevivências
Mesa 4 (12/11): Quilombolas e trabalhadoras no pós-abolição
Mesa 5 (13/11): Cientistas e Poetisas
Mesa 6 (13/11): Maternagem – Mulheres que Cuidam e Ensinam
Mesa 7 (14/11): Militantes e políticas
Mesa 8 (14/11): Mesa RELFET - Rede Latino-Americana e Caribenha sobre Feminismos de Terreiros
SOBRE AS ORGANIZADORAS
Thaís Alves Marinho | Curadora do Dicionário Biográfico: Histórias Entrelaçadas de Mulheres Afrodiaspóricas | Coordenadora do Programa da Pós-Graduação em História da PUC Goiás e diretora de Pesquisa e Pós-Graduação da Associação Nacional de Historiadores e Historiadoras - ANPUH Nacional, Thaís atua como pesquisadora do Grupo de Pesquisa Cultura, Memória e Desenvolvimento-CMD (CNPQ/UnB) e é líder do Grupo de Pesquisa Memória Social e Subjetividade (CNPQ/PUC Goiás). É membro co-fundadora da Rede Latino Americana e Caribenha sobre Feminismos de Terreiro (RELFET).
Rosinalda Corrêa da Silva Simoni | Curadora do Dicionário Biográfico: Histórias Entrelaçadas de Mulheres Afrodiaspóricas | Professora convidada na Universidade Federal do Tocantins (UFT), pesquisadora bolsista do PDPG-Pós-Doutorado Estratégico na Pontifícia Universidade Católica Goiás (PUC Goiás) e doutoranda em História na Universidade Estadual de São Paulo Júlio de Mesquita Filho (PPGHUnesp), Rosinalda é diretora fundadora da Tekoha Pesquisas, co-fundadora da RELFET, Rede Latino-Americana e Caribenha de Pesquisadores sobre Feminismos de Terreiros, militante dos movimentos de mulheres negras, de quilombolas e de religiões de matriz africana, integrante da NEGRARQUEO, ABPN e outros grupos de pesquisas.
FICHA TÉCNICA:
Título: Dicionário biográfico Histórias entrelaçadas de mulheres afrodiaspóricas
Organizadoras: Thais Alves Marinho e Rosinalda Corrêa da Silva Simoni
ISBN: 978-65-85893-15-2
Páginas: 582
Selo: Malê
Preço: R$ 99
Site da Editora Malê: https://www.editoramale.com.br/
Sobre a FLUP
A Festa Literária das Periferias - FLUP tem como missão propor outras experiências literárias, por isso atua em territórios periféricos abrindo caminhos para que livros, ideias e experiências antes à margem cheguem mais longe. Em 12 anos atuando no Rio de Janeiro, a FLUP já passou pelo Morro dos Prazeres, Vigário Geral, Mangueira, Babilônia, Vidigal, Cidade de Deus, Maré, Biblioteca Parque, Museu de Arte do Rio - MAR e Providência, promovendo encontros entre grandes personalidades da literatura, tanto nacionais quanto internacionais. A FLUP recebeu prêmios e reconhecimento, entre eles, o Faz diferença de 2012, o Awards Excellence de 2016 e o Retratos da Leitura de 2016, respectivamente outorgados pelo jornal O Globo, a London Book Fair e o Instituto Pró-Livro. Em 2020, foi vencedora do Prêmio Jabuti na categoria Fomento à Leitura. Em 2023, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro declarou a FLUP patrimônio cultural imaterial. A FLUP é um festival feito por equipes de produção majoritariamente negras e com mulheres em cargos de liderança.
Sobre a Shell
Há 111 anos no país, a Shell é uma companhia de energia integrada com participação em Upstream, Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela jointventure Raízen. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.
Serviço
Festa Literária das Periferias-FLUP
Dias: de 11 a 17 de novembro
Hora: a partir de 13h
Local: Circo Voador
Endereço: Rua dos Arcos, s/n, Lapa – RJ
Entrada gratuita
Siga @fluprj no Instagram
Assessoria de imprensa
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