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FLUP REALIZA O PRIMEIRO SLAM DOS QUILOMBOS DO BRASIL

Nove quilombos, de nove estados, participam do processo formativo que vai levar 9 poetas quilombolas para o Rio de Janeiro, em novembro.


A Festa Literária das Periferias - Flup 24 apresenta o primeiro Slam dos Quilombos, mais um processo formativo desenvolvido pelo projeto. Participam da formação nove quilombos, de nove estados brasileiros: Pará, Minas Gerais, Goiás, Piauí, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Maranhão. Cada território recebe poetas experientes em campeonatos nacionais de slam para desenvolver oito encontros de formação. Quem vence a batalha local em cada quilombo vem para a Grande Final do Rio de Janeiro em novembro. 


Além de um festival de livros, ideias e experiências, a Flup promove formação de escritores, poetas e roteiristas durante todo o ano. Em 2024, a Flup está desenvolvendo o "Yabás, Mães Rainhas", de formação em escrita inspirada nas narrativas das orixás femininas; o Lanani, Laboratório de Narrativas Negras e Indígenas que está com inscrições abertas até 31 de julho; e  está rolando também em vários estados brasileiros o Slam dos Quilombos Nêgo Bispo, mais uma homenagem a Beatriz Nascimento e também ao griô quilombista que nos deixou ano passado. "O primeiro Slam de Quilombo será uma rica experiência de oralidade e sabedoria ancestral. Um espaço de trocas, aprendizados e novos repertórios literários, poéticos, culturais", destaca Julio Ludemir, diretor-fundador da Flup. 


A Flup dedica há 10 anos sua programação à poesia falada. Em 2014, em parceria com o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, criou o Rio Poetry Slam e de lá pra cá abriu espaço para poetas indígenas, trans, cuír, mulheres. Agora, propõe o Slam de Quilombo Nêgo Bispo. Mais de 300 poetas, de 50 países, dos cinco continentes, já usaram os microfones da Flup para performar sua poesia. Esse trabalho acompanhou o amadurecimento de uma nova geração de poetas brasileiros, em sua maioria vindos das periferias das grandes capitais. Com o Slam dos Quilombo, a Flup chega ao interior do Brasil. 


Em 2023, ano dos 15 anos da chegada do slam no Brasil, a Flup realizou uma grande celebração à poesia falada e à oralidade ancestral que forma a literatura, a música e a cultura brasileira. Além de sediar pela primeira vez uma competição mundial de Slam, o II World Poetry Slam Championship (WPSC), a Flup realizou o TransSlam Internacional, o II Slam Coalkan (slam indígena), o I Slam das Minas BR, o Slam de Cria, a final do Slam RJ e IV Batalha de Rima BR. E para fechar a agenda anual de celebrações, foi até Itabira-MG, berço de Carlos Drummond de Andrade, para o SLAM BR. 



Sobre o Slam 


O Slam é uma batalha de poesia falada. Poetas apresentam poemas e ganham notas de jurados formados pela plateia. O primeiro Slam surgiu em 1984, em Chicago, nos Estados Unidos. O que era pra ser uma roda de leitura de poemas se tornou uma competição que conquistou o público. Logo se tornou um movimento, com campeonatos nacionais e internacionais. O Slam chegou no Brasil em 2008 pelas mãos da poeta e multiartista Roberta Estrela D’Alva, que seis anos depois o levou para a Flup, de onde ele nunca mais saiu. 


A Flup 24 é apresentada pelo Ministério da Cultura e Shell. Tem patrocínio master da Shell, patrocínio do Instituto Cultural Vale e Globo por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio é da Fundação Ford. O transporte oficial do evento é oferecido pelo Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, nas áreas de atuação do VLT Carioca e da CCR Barcas. A Fundação Roberto Marinho e o Canal Futura são parceiros. Realização: Suave, Associação Na Nave, Ministério da Cultura, Governo Federal.


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