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NOVO PROCESSO DE FORMAÇÃO EM ESCRITA DA FLUP É INSPIRADO NAS ORIXÁS FEMININAS

"Yabás, mães rainhas" é o novo processo de formação em escrita da Festa Literária das Periferias - Flup, que vai resultar do no 32º livro lançado na história do projeto. As atividades, este ano, envolvem a visita a terreiros da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Serão sete encontros, em sete sábados consecutivos, em terreiros que cultuam cada uma das yabás: Yemanjá, Oxum, Obá, Yansã, Nanã e Ewá, incluindo a entidade feminina Pombagira.


Além dos encontros presenciais, que são obrigatórios para participar da formação, a turma de 49 pessoas selecionadas terá mentorias online com Angélica Ferrarez, Ana Paula Lisboa, Flávia Pinto, Janaína de Oliveira, Luciano Diogo, Luciany Aparecida e Ryane Leão, escritoras de destaque na literatura brasileira que trazem a cosmologia da cultura e religião afrobrasileiras para os livros. A ação faz parte das homenagens do festival à historiadora, poeta, cineasta e intelectual Beatriz Nascimento.  


Os itãs de Yemanjá, Yansã, Oxum, Obá, Nanã, Ewá e as histórias de Pombagira serão a inspiração para os textos produzidos. A proposta é fazer releituras contemporâneas dessas importantes narrativas femininas e coletivas para tecer conexões entre memórias, identidades e subjetividades. 


O primeiro terreiro a receber a turma de "Yabás, mães Rainhas" será a Comunidade de terreiro Afro Indígena Casa do Perdão, liderado por Mãe Flávia Pinto, no dia 08 de junho. Depois seguem, no dia 15 de junho, no Ilê Asé Obá Todê, de Iyalorixá  Renata de Obá, e no dia 22 de junho, na Aldeia Oloroke Ti Efon, com Iyalode Ojéwunmi Rosângela D'Yewa. No Ilê Axé Ara Orun Yaba, de Iyalorixá  Luizinha de Nanã, o encontro será no dia 29 de junho. 


O processo formativo também vai passar pelos Ilês Aleketu Asé Awon Omi, de Iyalorixá Roberta de Yemonjá, no dia 07 de julho, Axé Egbé Iyalode Oxum Karê Adê Omi Arô, de Iyalorixá Marilise Ti Ósùn, no dia 13 de julho, e na Casa de Palha, de Yalorixá Janaína t’ Obaluaê, no dia 20 de julho.   


Esses encontros de acolhimento, axé e escrita serão mediados por Natara Ney, diretora, roteirista e montadora de filmes com mais de 20 longas, 5 séries para TV e diversos videoclipes. “A existência, resistência de nossa cultura está nos terreiros, mães que alimentam, contam histórias e cuidam de seus filhos. Orí-entação. Este processo formativo traz a beleza dos encontros, da fabulação e oralidades. Acredito que cada visita nos trará ensinamentos únicos, não apenas para as nossas escritas, mas também, e principalmente, para a nossa vida”, explica Ney. 


Livros 


A partir dos encontros nos terreiros e das mentorias com as escritoras orientadoras, os textos produzidos vão compor o 32º livro do selo Flup. Há 13 anos, a Flup vem se destacando como uma plataforma de criação de grandes histórias literárias, publicando mais de 400 talentos da periferia. Nomes como Giovani Martins, Paulo Lins e Ana Paula Lisboa, por exemplo, não são exceção quando falamos de talentos potentes oriundos da periferia. "Sabemos que estes territórios são extremamente férteis de mentes criativas, e é apenas uma questão de oportunidade. O compromisso da Flup é ser esta ponte", explica Julio Ludemir, diretor-fundador da Flup. 


"Este ano, nossos temas lançam luz sobre as resistências negras e de axé, afim de partilhar e ecoar a riqueza da sabedoria das histórias, mitologias e ensinamentos das narrativas ancestrais de fé e vida dos povos de terreiro", destaca Ludemir. 


​​Pelo terceiro ano consecutivo, o projeto conta com a Shell como sua patrocinadora master. “Um dos critérios para escolha de nossos patrocínios culturais é que os projetos englobem ações de diversidade, equidade e inclusão. E essa é a essência da FLUP, que proporciona um futuro melhor através da arte, acreditando, assim como a Shell, na força da cultura como vetor transformador de realidades. É com orgulho que seguimos por mais um ano com essa parceria” – comenta Alexandra Siqueira, gerente de Comunicação Externa da Shell Brasil.


A Flup 24 é apresentada pelo Ministério da Cultura e Shell. Tem patrocínio master da Shell, patrocínio do Instituto Cultural Vale e Globo por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio é da Fundação Ford. O transporte oficial do evento é oferecido pelo Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, nas áreas de atuação do VLT Carioca e da CCR Barcas. A Fundação Roberto Marinho e o Canal Futura são parceiros. Realização: Suave, Associação Na Nave, Ministério da Cultura, Governo Federal.

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