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Nise da Silveira

Qualquer apresentação sucinta de Nise da Silveira, como não pode deixar ser aqui, será sempre insuficiente. Psiquiatra, escritora, pensadora, cientista notável, pioneira da luta antimanicomial, fundadora de experiências institucionais transformadoras – como a Casa das Palmeiras e o Museu de Imagens do Inconsciente – e de métodos revolucionários na Psiquiatria, Nise é uma das grandes figuras da história do Brasil.

Diante desta limitação, pensamos em Nise como a “psiquiatra
rebelde” de que falam Ferreira Gullar e Luiz Mello. A mulher múltipla, sensível e aguerrida que introduziu o mundo da arte e
dos afetos no lugar dos agressivos métodos psquiátricos de sua
época. Em vez de choque ou drogas pesadas, pinturas, poesia
e bichos de estimação (como os gatos que passeiam em nossa
identidade visual este ano). Seu legado é enorme e inestimável.
Homenageá-la, deveria ser uma tarefa diária. As ações que a Flup
propõe – da Conferência de Luiz Carlos Mello e Gladys Schincariol
ao Cordel que encomendamos a Edmílson Santini – são apenas um passo a mais direção.

Não hesitamos em reconhecer que a obra, a vida e as realizações de Nise da Silveira não são o assunto que melhor dominamos. Quando decidimos homenageá-la, aproximar-se mais decididamente de seu legado – e o fizemos tão pouco diante do tamanho do nosso desejo – foi um exercício de aprendizado sem medida. Para nós, Nise é uma espécie de bóson de Higgs da Psiquiatria brasileira (e mundial).

Uma partícula tão ínfima, mas capaz de inventar um universo
inteiro. Capaz de criar a vida.

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