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Preta Rara confirma presença!




"A senzala moderna é o quartinho da empregada”. A analogia de Preta Rara nos faz refletir em um momento crítico: o assassinato de Miguel. Ao procurar por sua mãe, que trabalhava como doméstica na casa de Sari Corte Real, o menino foi colocado no elevador pela patroa e caiu do nono andar do prédio. O que aconteceu com o filho de Mirtes não foi uma fatalidade, pelo contrário, é fruto das relações coloniais do trabalho doméstico.


Preta Rara publicou seu livro “Eu, empregada doméstica” no ano passado contendo diversos depoimentos de empregadas domésticas que passaram por situações de opressão enquanto trabalhavam. É uma literatura incômoda, com objetivo de instigar a branquitude e promover mudanças no cenário atual. Sua obra dialoga diretamente com o ocorrido em Recife.


Na terça-feira que vem, dia 09, realizaremos um painel intitulado “Filhas das filhas das filhas”, com a presença de Preta. A mesa discutirá o círculo vicioso do trabalho doméstico, que atinge principalmente mulheres negras, e a sua libertação por intermédio dos livros. Preta Rara é uma mulher negra que conseguiu romper o círculo do trabalho doméstico familiar depois de ter alcançado o nível superior, e é sobre isso que a#FlupDigital“Uma revolução chamada Carolina” quer falar.

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